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  • Lighthouse
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  • Lighthouse
  • Espaço criado por Rogério de Moura

    Para mostrar que os negros mais são geniais do que supõe nossa vã filosofia.

  • André Rebouças Engenheiro,

    professor de botânica, cálculo e geometria na Escola Politécnica.

  • Tebas ele canalizou o Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

    Também construiu o primeiro chafariz de pedra da cidade. Foi homenageado em samba enredo.

  • Osvaldo Sebastião Novaes de Moura professor

    Nos anos 60, ser professor negro não era coisa fácil.

  • Hattie McDaniel cantora e atriz

    A primeira atriz negra a ser contemplada com o Oscar.

  • Paulo Flores ator, dublador

    Uma das mais graves e belas vozes da dublagem brasileira.

  • Steve Biko ativista do movimento anti-apartheid.

    Participou da fundação, em 1968, da Organização dos Estudantes Sul-africanos.

  • Alexander Miles inventor.

    Patenteou o elevador elétrico em 11 de outubro de 1887.

  • Dorothy Counts estudante e ativista.

    Nos anos 60, foi símbolo contra a segregação norte-americano ao ser a primeira estudante negra admitida numa escola pública americana (de brancos).

  • Benedito Galvão O primeiro presidente negro da OAB-SP.

    A Comissão de Igualdade Racial da OAB-SP, promove o Prêmio Benedito Galvão para pessoas que se destacaram na luta pelos direitos dos negros.

  • Milton Santos Professor, geógrafo.

    Reconhecido mundialmente; recebeu, em 1994, o prêmo Vatrium Lud.

  • Abdias do Nascimento Ator, escritor, professor, teatrólogo, político ativista.

    defensor sem igual da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil.

  • Dr. Juliano Moreira Um dos pioneiros da psiquiatria brasileira.

    O primeiro professor universitário a citar e incorporar a teoria psicanalítica no seu ensino na Faculdade de Medicina.

  • Benedicto Lopes mecânico e piloto

    O primeiro piloto brasileiro a participar de corridas na Europa.

  • Pedro Lessa Juiz

    O primeiro afro-descendente a presidir o Supremo Tribunal Federal.

  • Miriam Makeba Cantora e ativista pelos direitos humanos.

    Medalha de Ouro da Paz Otto Hahn, outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas.

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Tecnologia do Blogger.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Fátima Miquelim, nutricionista.

Nutricionista formada pela Universidade de Guarulhos.
Sócia-diretora da Dinamike Auditoria e Consultoria em Segurança Alimentar.
Nutricionista Clínica e Estética com mais de 25 anos de experiência.
Pós-graduanda em fitoterapia clínica da Faculdade do Litoral Paranaense (pólo Medical Lex Ltda, São Paulo).
Especialista em Gestão de pessoas pela Universidade São Judas – São Paulo.
Coach profissional certificada pela ICC – International Coaching Community, São Paulo, Brasil.
Formação em Hipnose Ericksoniana.





terça-feira, 14 de maio de 2019

Maria do Carmo Valério Nicolau, empreendedora


Foto: Alberto Rocha/Folhapress
A advogada Maria do Carmo Valério Nicolau, quando se aposentou, decidiu montar seu próprio negócio, tornando-se precursora de maquilagem para peles negras no Brasil.

É fundadora da Muene, empresa de cosméticos especializada em pele negra. 

À medida em que os produtos eram lançados, viajava o país para buscar revendedores. Quando criou a marca, vendia apenas para pessoas físicas. Hoje, é procurada por salões de beleza e agência de modelos.


Igiaba Scego, escritora


Igiaba Scego nasceu em Roma em 1974, de família de origem somali. Depois de se formar em literatura estrangeira na Universidade La Sapienza, em Roma, escolheu trabalhar como jornalista e escritora, colaborando com jornais como Il Manifesto e Internazionale, e também com revistas que lidam com assuntos muito próximos dela: imigração e cultura africana. Como autora, ganhou vários prêmios e participou de inúmeros eventos, incluindo o Festival de Literatura de Mânua, que a hospedou em 2006. Dela, a Editora Nós publica também “Minha casa é onde estou” e “Caminhando contra o vento”.
Texto: Editora Nós 

segunda-feira, 2 de julho de 2018

John Coltrane, músico (1926 - 1967)



John William Coltrane foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, habitualmente considerado pela crítica especializada como o maior sax tenor do jazz e um dos maiores jazzistas e compositores deste gênero de todos os tempos. Sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do jazz, indo desde o rock até a música erudita. 


Atuou principalmente durante as décadas de 1950 e 1960. Embora tocasse antes de 1955, seus principais anos foram entre 1955 e 1967, durante os quais reformulou o jazz e influenciou gerações de outros músicos. As gravações de Coltrane foram prolíficas: ele lançou cerca de 50 gravações como líder nestes doze anos, e apareceu em outras tantas lideradas por outro músicos. Através de sua carreira, a música de Coltrane foi tomando progressivamente uma dimensão espiritual que iria consagrar seu legado musical. 


Junto com os saxofonistas tenores Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins, Coltrane mudou as perspectivas de seu instrumento. Coltrane recebeu uma citação especial do Premio Pulitzer de Música em 2007, por sua "perita improvisação, musicalidade suprema e um dos ícones centrais na história do jazz".

Texto: Muro do Rock
https://murodoclassicrock4.blogspot.com/2016/06/john-coltrane-collection.html



quinta-feira, 14 de junho de 2018

Arthur Bispo do Rosário, artista plástico (1911 - 1989)


Artista visual. Em 1925, muda-se para o Rio de Janeiro, onde trabalha na Marinha Brasileira e na companhia de eletricidade Light. Em 1938, após um delírio místico, apresenta-se a um mosteiro que o envia para o Hospital dos Alienados na Praia Vermelha. Diagnosticado como esquizofrênico-paranóico, é internado na Colônia Juliano Moreira, no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Entre 1940 e 1960, alterna os momentos no hospício e períodos em que exerce alguns ofícios em residências cariocas. No começo da década de 1960, trabalha na Clínica Pediátrica Amiu, onde vive em um quartinho no sótão. Ali, inicia seus trabalhos, realizando com materiais rudimentares diversas miniaturas, como de navios de guerra ou automóveis, e vários bordados. Em 1964, regressa à Colônia, onde permanece até a sua morte. Cria por volta de 1.000 peças com objetos do cotidiano, como roupas e lençóis bordados. Em 1980, uma matéria de Samuel Wainer Filho para o programa Fantástico, da TV Globo, revela a produção de Bispo. Dois anos depois, o crítico de arte Frederico Morais inclui suas obras na exposição À Margem da Vida, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. O artista tem sido enfocado em filmes de curta e média-metragens; em livros, como Arthur Bispo do Rosário: o Senhor do Labirinto, de Luciana Hidalgo; e ainda em peças teatrais. Em 1989, é fundada a Associação dos Artistas da Colônia Juliano Moreira, que visa à preservação de sua obra, tombada em 1992 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural - Inepac. Sua produção está reunida no Museu Bispo do Rosário, denominado anteriormente Museu Nise da Silveira, localizado na antiga Colônia Juliano Moreira.


Estátua do artista em sua terra natal, Japaratuba, Sergipe
Comentário Crítico:

O passado de Arthur Bispo do Rosário é praticamente desconhecido. Sabe-se apenas que era negro, marinheiro, pugilista, lavador de ônibus e guarda-costas. Nas vésperas do Natal de 1938 é internado no Hospital Nacional dos Alienados, na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, após um delírio místico. Com diagnóstico de paranóico-esquizofrênico, é transferido no ano seguinte para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Entre muitas permanências e saídas, vive mais de 40 anos na instituição, onde executa a maior parte de sua obra.



Os trabalhos de Bispo diversificam-se entre justaposições de objetos e bordados. Nos primeiros, utiliza geralmente utensílios do cotidiano da Colônia, como canecas de alumínio, botões, colheres, madeira de caixas de fruta, garrafas de plástico, calçados; e materiais comprados por ele ou pessoas amigas. Para os bordados usa os tecidos disponíveis, como lençóis ou roupas, e consegue os fios desfiando o uniforme azul de interno. Prepara, com seus trabalhos, uma espécie de inventário do mundo para o dia do Juízo Final. Nesse dia se apresentaria a Deus, com um manto especial, como representante dos homens e das coisas existentes. O manto bordado traz o nome das pessoas conhecidas, para não se esquecer de interceder junto a Deus por elas. Bispo faz também estandartes, fardões, faixas de miss, fichários, entre outros, nos quais borda desenhos, nomes de pessoas e lugares, frases com respeito a notícias de jornal ou episódios bíblicos, reunindo-os em uma espécie de cartografia. A criação das peças, para ele, é uma tarefa imposta por vozes que dizia ouvir.


No início da década de 1980, com as questões levantadas pela arte contemporânea com a antipsiquiatria e as novas teorias sobre a loucura, os trabalhos de Bispo começam a ser valorizados e integrados ao circuito de arte. Em 1980, uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, sobre a situação da Colônia Juliano Moreira, mostra suas obras, agrupadas no quartinho em que vive. No mesmo ano, o psicanalista e fotógrafo Hugo Denizart (1946) realiza o filme O Prisioneiro da Passagem - Arthur Bispo do Rosário. Com a divulgação, veio o reconhecimento artístico das obras, que contribui para sua participação, em 1982, na mostra À Margem da Vida, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, com trabalhos de presidiários, menores infratores, idosos e internos da Colônia. Posteriormente é realizada sua primeira exposição individual, também no MAM/RJ. O crítico de arte Frederico Morais escreve sobre seu trabalho, ligando-o à arte de vanguarda, à arte pop, ao novo realismo e especialmente à obra de Marcel Duchamp (1887 - 1968).

Em 1995, com uma vasta seleção de peças, Bispo representa o Brasil na Bienal de Veneza e obtém reconhecimento internacional. Sua obra torna-se uma das referências para as gerações de artistas brasileiros dos anos 1980 e 1990.

Nota
* Segundo registros da Light, onde trabalha entre 1933 e 1937, nasce em 16 de março de 1911. Nos registros da Marinha de Guerra do Brasil, onde serve entre 1925 e 1933, consta 14 de maio de 1909.

Fonte: Itaú Cultural









quinta-feira, 7 de junho de 2018

Carlos Alomar, músico

Carlos Alomar (Ponce, 1951) é um músico de sessão, guitarrista, compositor e arranjador norte-americano, nascido em Porto Rico, mais conhecido por seu trabalho com David Bowie, cujos álbuns tem mais participações de Alomar do que de qualquer outro músico. Ele também participou do primeiro álbum solo de Iggy Pop, "The Idiot" (1977), e de Mick Jagger, "She's the Boss" (1985). Em 1986, tocou guitarra no álbum "Press to Play" de Paul McCartney e, no ano seguinte, lançou seu primeiro álbum solo, Dream Generator (1987).
Mais recentemente produziu o álbum "The Revelation of Arthur Lynn" (2010) dos Angiescreams.


É casado com Robin Clark, cantora que, nos anos 80, participou da banda Simple Minds.









DISCOGRAFIA

Álbuns solo
    Dream Generator (1987)

David Bowie
    Young Americans (1975)
    Station to Station (1976)
    Low (1977)
    "Heroes" (1977)
    Stage (1978)
    Lodger (1979)
    Scary Monsters (and Super Creeps) (1980)
    Tonight (1984)
    Never Let Me Down (1987)
    Outside (1995)
    Heathen (2002)
    Reality (2003)

Iggy Pop
    The Idiot (1977)
    Lust for Life (1977)

Arcadia
    So Red the Rose (1985)

Mick Jagger
    She's the Boss (1985)

Paul McCartney
    Press to Play (1986)

Soda Stereo
    Doble Vida (como produtor, guitarrista e rapper) (1988)

Fun
    Pax (guitarra) (1996)
    Chaos (guitarra) (1997)

Angiescreams
    The Revelation of Arthur Lynn (produção) (2010)

Vídeos
    David Bowie: Serious Moonlight
    David Bowie: Glass Spider
    Iggy Pop: Live San Fran 1981
    Soda Stereo: Gira Me Veras Volver

Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Ana Paula Maia, escritora e roteirista

Filha de professora, na adolescência, estudou teatro na CAL (Casa de Artes de Laranjeiras). Mais tarde, entrou para as faculdades de Ciência da Computação e Comunicação Social. Foi co-autora (com Mauro Santa Cecília e Ricardo Petraglia) do monólogo teatral "O rei dos escombros", montado em 2003 por Moacyr Chaves. 


Dona de um texto econômico e envolvente, ela se destacou com a instigante trilogia A Saga dos Brutos – Entre Rinhas de Cachorros e Porcos Abatidos & O Trabalho Sujo dos Outros (volume único, 2009) e Carvão Animal (2011) –, seguida do romance De Gados e Homens (2013). De um título a outro, a mecânica das histórias só evoluiu. Seu livro mais recente, Assim Na Terra Como Embaixo da Terra, o qual narra os últimos dias de horror de uma colônia penal à beira de ser desativada, foi um grande salto e repercutiu positivamente na cena literária da Argentina. Ana Paula ainda comemorava o sucesso quando recebeu o convite da Cia das Letras.

Os personagens de Ana Paula Maia carregam em si uma essência de maldade e fraternidade elevados em potência máxima ao longo de suas narrativas. O belo e o imperfeito ganham novas dimensões em sua literatura. Embora extraídos da realidade, seus personagens recebem roupagem e tratamentos que transformam o cotidiano muitas vezes ignorado, com seus protagonistas invisíveis para a maioria das pessoas, em espetáculo do estranhamento. A autora tematiza a relação do homem com o trabalho, a moldagem do caráter pelas atividades diárias e a inferiorização do homem pelo trabalho que exerce são pontos importantes do universo da autora.



Texto:
- Wikipedia
- https://www.vice.com


 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Agenov, escultor (1965-2015)



Agenor Francisco do Santos Júnior, Agenov, era filho de Mestre Agenor (Agenor Francisco dos Santos), também escultor, e Importília Marques de Jesus, descendente de imigrantes chineses e portugueses. O pai, desde os 7 anos, deixou na sua terra, Alagoinhas, BA, no Convento dos Capuchinhos, as primeiras obras que produziu e, mais tarde, no Brasil e no mundo outras obras e o reconhecimento do seu trabalho, que o classifica como um dos grandes escultores brasileiros contemporâneos de madeira e pedra-sabão. 

Agenov seguiu os passos do pai, de início a contragosto, como ele mesmo revelou em entrevista. Mais tarde, após a morte do pai, ele e o irmão, Ivan, assumiriam a tradição paterna no sítio do Jd. Sílvia, onde mora toda a família, e que também é o atelier. Agenov produziu esculturas de madeira, pedra-sabão, mármore, granito, quartzo com profundidade e talento, com trabalho reconhecido e valorizado por outros artistas da cidade. Além de artista, Agenov foi um grande cidadão: “Ele era importante tanto como artista quanto como participante da vida cultural na cidade. Na sua própria chácara, reunia jovens, dava lanche e aula de violão”, conta a amiga Tônia do Embu. 

“Ele seguiu o legado do pai e imprimiu o seu estilo nas suas obras”, diz o artista plástico Paulo Dud. Sua última participação como artista foi da Expo Contemporâneos 2015, que marcou as comemorações dos 461 anos da Aldeia M´boy,  em julho. Em razão da doença, Agenov não compareceu à abertura. 
 





Agenor dos Santos, escultor

Agenor Francisco dos Santos nasceu em Alagoinhas, Estado da Bahia, a 14/5/1932. Filho do carpinteiro Tertuliano Sikilo dos Santos, de origem africana, e de Importília. Marques de Jesus, descendente de imigrantes chineses e portugueses. Escultor. desde os sete anos de idade, suas primeiras obras estão no convento dos capuchinhos, . em Alagoinhas, onde esculpiu todas as portas e portões de madeira com motivos . religiosos e, ainda, inúmeras imagens em cedro. Nunca frequentou escolas. . Seu prendor artístico foi desenvolvendo-se naturalmente. Esculpiu também em . barro e foi restaurador do Museu da Arte Sacra da Bahia. 

Texto: 
http://www.artistasdeembu.com.br/artistas/agenor/agenor.html 

Visite:
http://www.artedobrasil.com.br/agenor_francisco.html


sexta-feira, 16 de março de 2018

Marielle Franco, vereadora (1979 - 2018)

Foto: Reprodução, Facebook
Marielle Francisco da Silva foi uma socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro na eleição municipal de 2016 com a quinta maior votação. Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores. Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros.

Marielle tinha 38 anos e se apresentava como "cria da Maré". Ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral.

Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.

Texto:
Por João Ricardo Gonçalves, Leslie Leitão, Marina Araújo e Patricia Teixeira, G1 Rio e TV Globo

"Marielle Franco. Mulher Negra, naturalmente"

Quem é essa mulher que ousa desafiar a tirania dos detentores de grilhões e de chibatas?
Quem é essa mulher que faz da verdadeira luta contra o racismo e as exclusões uma bandeira tão poderosa?
Quem é essa mulher negra na linha de frente pelos direitos e igualdade das mulheres de todas as cores?
De onde vem essa voz que ecoa em defesa das diversidades, do gênero e da raça, tão tanto incômoda aos opressores?
De quem é a vida ceifada, por mãos assassinas erguidas dos subtarraneos obscuros da tirania?
Por que chora a população consternada nesse ajuntamento de cores, raças, religiões e tendências politico-ideológicas tão diversas?
De onde vem força essa que une, num único clamor de justiça, todo um país e o mundo?
Que nome é esse que fomenta orgulho, luta, resistência, raça, gênero, diversidade e igualdade?
Todas as respostas estão num só nome: Marielle Franco!
Faltava outra mulher negra para formar a divina trindade das candaces celeste. E Marielle Franco foi juntar-se à Lélia Gonzales e Beatriz Nascimento.
Mirem-se todos os guerreiros e as guerreiras nas lutas dessa Mulher Guerreira!
(Flávio Leandro, cineasta)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Thomas Jennings, o inventor da lavagem a seco (1971 - 1856)




Thomas Jennings, empresário, inventor e abolicionista.

Nova-iorquino, tornou-se um dos líderes do movimento abolicionista norte-americano. Fez fortuna como inventor de um processo de limpeza de lavagem a seco. Nasceu em 1791. Tinha 30 anos quando recebeu sua patente em 3 de março de 1821 (patente US 3306x), tornando-se o primeiro inventor afro-americano a possuir os direitos de sua invenção.

Começou sua carreira como alfaiate e, eventualmente, abriu uma das principais lojas de roupas de Nova York. Inspirado pelos pedidos frequentes de conselhos de limpeza, começou a pesquisar soluções de limpeza. Tinha 30 anos quando recebeu uma patente para um processo de limpeza a seco. Tragicamente, a patente original foi perdida em um incêndio. Mas o processo de Jennings era conhecido por usar solventes para limpar a roupa. Seu processo, atualmente, é conhecido como "limpeza a seco".

O primeiro dinheiro que Thomas Jennings obteve de sua patente foi gasto com as taxas legais para comprar sua família fora da escravidão. Depois disso, sua renda foi principalmente para suas atividades abolicionistas. Em 1831, tornou-se secretário assistente da Primeira Convenção Anual do Povo da Cor na Filadélfia, PA.

Por sorte, para Thomas, ele arquivou sua patente no momento certo. De acordo com as leis de patentes dos Estados Unidos de 1793 e 1836, tanto os escravos quanto o libertador poderiam patentear suas invenções.

No entanto, em 1857, um escravo-proprietário chamado Oscar Stuart patenteou um "raspador de algodão duplo" que foi inventado por seu escravo. Os registros históricos mostram apenas o nome do inventor real como Ned. O raciocínio de Stuart para sua ação era que "o mestre é dono dos frutos do trabalho do escravo tanto manual quanto intelectual".

Em 1858, o escritório de patentes dos EUA alterou as leis de patentes, em resposta ao caso Oscar Stuart vs Ned, a favor de Oscar Stuart. Seu raciocínio era que os escravos não eram cidadãos e não podiam ser concedidas patentes. Mas, surpreendentemente, em 1861, os Estados confederados da América aprovaram uma lei que concede direitos de patente aos escravos. Em 1870, o governo dos EUA aprovou uma lei de patentes dando a todos os homens americanos, incluindo os negros, os direitos sobre suas invenções.

A filha de Thomas Jennings, Elizabeth, uma ativista como seu pai, foi a queixosa em um processo histórico depois de ser jogada fora de um bonde da cidade de Nova York enquanto estava a caminho da igreja. Com o apoio de seu pai, ela processou a Third Avenue Railroad Company por discriminação e ganhou. No dia seguinte ao veredicto, a empresa ordenou que seus carros fossem desagregados.

Thomas Jennings morreu em 1859, alguns anos antes da prática que ele criticou - a escravidão - foi abolida.

Texto: Mary Bellis
https://www.thoughtco.com

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Maria Gal, atriz, bailarina, produtora e escritora


Desde pequena, aos 4 ou 5 anos, fez balé. Nas aulas de balé, tinha a atividade de teatro, que passou a ser o que mais gostava de fazer. Também gostava de ver as novelas e reproduzir as cenas em casa. Fã de Roque Santeiro, imitava a Regina Duarte como a Viúva Porcina. 
Na pré-adolescência decidiu fazer faculdade de design gráfico, mas sem desistir de ser atriz. Depois que se formasse, faria teatro. Naquela época, havia o preconceito de que teatro não daria dinheiro. Faculdade concluída. Aos 25 anos, deixou Salvador, vindo para São Paulo. 
Participou do Festival da Cooperativa de Teatro, no SESC Pompeia. Fez parte do Teatro Oficina, com a qual viajou para Berlim com um espetáculo.
É uma das fundadoras da companhia de teatro Os Crespos, já tem trabalhos na televisão e no cinema, é engajada no combate ao racismo e no empoderamento feminino e negro.
Vencedora do prêmio de melhor atriz no Festival Internacional de Madri esse ano, com o filme “A Carga”. 
Melhor atriz pelo curta "Dor" (2011) no Festival Art Deco de Cinema.



Mário Gusmão, ator (1928 - 1996)


Gusmão nasceu em Cachoeira, Bahia e, de acordo com a biografia que lhe dedicou Jeferson Bacelar, baseada em sua tese de doutorado, Mário Gusmão: um príncipe negro na terra dos dragões da maldade (Editora Palas, 2006), veio para Salvador em busca de melhores oportunidades profissionais. Só no final da década de 1950 começou a se dedicar àquilo que se tornaria sua grande paixão, o teatro. Foi aluno de uma das primeiras turmas da Escola de Teatro da UFBA, formou-se em 1960, integrou o Grupo dos Novos, que fundaria o Teatro Vila Velha em 1964, e destacou-se no cenário do Cinema Novo com o papel do cego beato Antão que, a cavalo, de lança em punho, mata o Coronel Horácio (Jofre Soares) na épica cena final da obra prima de Glauber Rocha, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.

Antonio das Mortes
Gusmão, um São Jorge sertanejo na obra prima de Glauber Rocha

Gusmão foi protagonista de O Anjo Negro, do cineasta também baiano José Umberto, longa-metragem lançado em 1973 no qual encarna o mítico Calunga, uma espécie de Exu a subverter uma tradicional família branca de classe abastada, ainda segundo Jeferson Bacelar, para quem a discriminação por cor, classe e orientação sexual foi um componente fundamental das dificuldades materiais que marcaram o final da vida do artista.

Ainda na década de 1970, envolveu-se com as danças afro-brasileiras e aprofundou sua pesquisa em torno de uma estética artística que expressasse o universo cultural negro. Foi parceiro de Clyde Morgan na Escola de Dança da UFBA e no Instituto Cultural Brasil-Alemanha, o Instituto Goethe de Salvador. Na TV, atuou na minissérie O pagador de promessas, em que interpretou Mestre Coca, o capoeirista que ajuda o personagem Zé do Burro a concretizar sua promessa. O ator também foi tema do documentário de Élson Rosário, Mário Gusmão, O Anjo Negro da Bahia.

Texto:
http://www.edgardigital.ufba.br

Cartaz de "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro"

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Shera Grant e Shanta Owens, juízas


Irmãs gêmeas de Birmingham, Alabama, foram criadas pela uma mãe solteira, que trabalhou como bibliotecária e promoveu seu amor pela leitura. Formaram-se na Alabama State University e, depois, na faculdade de direito da Louisiana State University. Enquanto eles moravam em diferentes cidades depois de se formar, Owens em Birmingham e Grant em Atlanta, ambos prosseguiram como procuradores.

Quando Shanta tornou-se juíza da corte do distrito de Jefferson County em 2008, não deveria ser uma surpresa que sua irmã Shera eventualmente seguisse o exemplo. Recemtemente, Shera foi nomeada para o cargo de juíza do tribunal distrital, após a aposentadoria do juiz Jack Lowther.

Fonte: Alabama News


As gêmeas, com a mãe (de branco)



terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Jack Roosevelt Robinson, jogador de beisebol (1919 - 1972)



Jack Roosevelt Robinson, "Jackie" Robinson, primeiro jogador negro da Liga de Beisebol Americana (Major League Baseball);  tem seu próprio dia, 15 de abril, o  Jackie Robinson Day; tem prêmio com seu nome, Jackie Robinson Award; inspirou pelo menos 4 filmes biográficos; é considerado, por muitos jornalistas, o melhor jogador de Beisebol de todos os tempos; já foi homenageado três vezes em selos postais pelos Correios dos EUA; tem seu nome em prédios, avenidas, estátuas e  estádios de Beisebol espalhados pelo seu país; recebeu medalhas de reconhecimento de presidentes da República; ninguém usa o número que ele usou na camisa, o 42!

Um pouco de história:
A Liga de Beisebol Americana foi criada em 1869, quatro anos após o fim da Guerra Civil. Desde então, os jogadores negros tinham seus próprios clubes e ligas, enquanto a mais famosa competição do esporte, a Liga de Beisebol Americana, era composta apenas por atletas brancos. Este quadro se manteve até Jackie Robinson, atleta negro vindo da Geórgia, assinar com o Brooklyn Dodgers.

Seu primeiro jogo aconteceu em 15 de abril de 1947, no campo de Ebbets Field. Neste dia, 26 mil pessoas -  mais da metade negras - foram apoiá-lo.

Mas isso não impediu Robinson de, nos seus primeiros anos de carreira, sofrer com sórdidos atos de ódio racista e ressentimento de torcidas, de equipes adversárias e até mesmo de alguns companheiros de time.

Além de ser constantemente vaiado, Robinson chegou a ser ferido e ter sua família ameaçada. Mas a sua força e a paixão pelo esporte o sustentaram em campo até 1956.

Mão branca
O homem que trouxe Robinson do Kansas City foi o dirigente e o gerente geral do Brooklyn Dodgers, Branch Rickey. Branco e muito religioso, ele queria acabar com o racismo no Beisebol por considerar que os atletas negros eram os melhores no esporte que ele amava.

Jackie Robinson, de fato, se destacou entre os melhores jogadores de Beisebol dos Estados Unidos e abriu caminho para muitos outros atletas negros no esporte.

Ele jogou em seis World Series e foi peça fundamental para a vitória do Dodgers no Campeonato de 1955. Por seis vezes consecutivas conquistou o All-Star Games, de 1949 a 1954, e, por fim, ganhou o título de “jogador mais valioso da Liga Nacional na temporada de 1949” - "National League Most Valuable Player".

"Jackie Robinson Day" 
A Liga Americana honrou Jackie Robinson várias vezes após sua morte. Em 1987, tanto a Liga Nacional quanto a Liga Americana renomearam o prêmio 'Major League Rookie of the Year Award para Jackie Robinson Award, por Jackie ter sido o primeiro a conquistá-lo.

Em 15 de abril de 1997, a Liga Americana aposentou o seu número de uniforme, o 42, em todas as equipes da liga principal, tornando-o assim o primeiro atleta profissional, em qualquer esporte, a receber tamanha honraria.
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E em 2007, a Liga Americana autorizou que somente no dia 15 de abril todos os jogadores da liga usem o número "42", criando a celebração anual chamada Jackie Robinson Day (Dia de Jackie Robinson).

A ideia foi inspirada na frase de um de seus companheiros de time, após mais uma cena de racismo no jogo: "Quem sabe amanhã todos usemos 42, para que ninguém mais consiga nos diferenciar".

Reconhecimento:
Em 1962, Jackie ingressou no Hall da Fama do Beisebol. Em 20 de agosto de 2007, o então governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e sua mulher, Maria Shriver, anunciaram que Robinson entrou no Hall da Fama da Califórnia.

Segundo pesquisa, Jackie Robinson foi o segundo homem mais popular do país. Em 1999, entrou para a Lista das 100 pessoas mais influentes do século XX da revista Time e foi classificado com o número 544, pela revista Sporting News entre os 100 melhores jogadores de Beisebol na sua posição de segunda-base.

Por muitos jornalistas esportivos, ele é considerado o melhor jogador de Beisebol de todos os tempos. 

Robinson foi homenageado pelo Serviço Postal do Estados Unidos em três selos postais, em separado, em 1982, 1999 e 2000. E o governo fez, ainda, moedas de ouro comemorativas com o seu rosto em 1997.

Em 26 de março de 1984, o presidente Ronald Reagan concedeu a Medalha Presidencial da Liberdade a Robinson. E em 2 de março de 2005, o presidente George W. Bush concedeu a Medalha de Ouro do Congresso a Jackie.  Robinson foi o segundo jogador de Beisebol a receber esta condecoração, ao lado de Roberto Clemente. (Nas duas ocasiões, sua viúva recebeu a homenagem.)

O estudioso Molefi Kete Asante incluiu Jackie na sua lista dos 100 maiores afroamericanos e, em dezembro de 1956, a NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor), o reconheceu com a Medalha Spingarn, que premia anualmente as maiores conquistas de um afroamericano.
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O New York Mets anunciou junto com a inauguração de seu novo estádio, o Citi Field, uma estátua com o número "42" em azul em homenagem ao Superhuman – como também era conhecido, “sobre humano”.

Uma série de edifícios foram nomeados em homenagem a Jackie Robinson e estatuas que mostram seu porte podem ser vistas no Estádio Jackie Robinson, onde joga o UCLA Bruins Baseball, e no estádio Jackie Robinson Ballpark, onde joga o Daytone Cubs.

A casa em que Robinson viveu na época que jogava no Brooklyn Dodgers é considerada um Marco Histórico Nacional, desde 1976. E, desde 2011, o governo dos EUA colocou uma placa, que comemora o fim da segregação racial, na residência de Robinson em 1946, época em que jogava no Montreal Royals, no Canadá.

Um asteroide também foi nomeado em homenagem a Jackie, o 4319 Jackierobinson.

Nas telas e palcos
A vida de Jackie, sua carreira, os desafios que enfrentou inspiraram pelo menos quatro filmes biográficos: The Jackie Robinson Story", de 1950, dirigido por Alfred E. Green, no qual o próprio Robinson se representa; "The Court-Martial de Jackie Robinson", de 1990; Soul of the Game, de 1996; "42", de 2013.

E, ainda, o musical da Broadway The First, de 1981 e os episódios
Afterschool Especial, da série da ABC A Home Run for Love, de 1978, e Colors, da série da CBS Cold Case.

Família:
Jack Roosevelt Robinson nasceu no Cairo, Georgia, em 31 de janeiro de 1919. Em 24 de outubro de 1972, aos 53 anos, em Stamford, Connecticut.  Jackie  morreu, vítima de um ataque cardíaco. Seu funeral aconteceu no dia 27 de outubro de 1972 na Riverside Church, em Nova York e atraiu 2.500 pessoas.

Logo após sua morte, a viúva de Jackie, Rachel Robinson, fundou a Fundação Jackie Robinson, que oferece bolsas de estudo para jovens de classes baixas que esperam cursar o ensino superior .

A filha de Robinson, a educadora Sharon Robinson é autora de dois livros sobre o pai. Seu filho mais novo, David Robinson, tem seis filhos, é um cafeicultor e ativista social na Tanzânia. Seu filho mais velho, morreu aos 24 anos, em um acidente de carro.

Além de lutar pelo baseball e pelo povo negro, Jackie Robinson abraçou a luta contra o uso de drogas e combateu vários problemas de saúde que carregava, como doenças cardíacas e diabetes, que o cegou por um tempo.

Fonte: 
- Wikipédia
- http://primeirosnegros.blogspot.com.br

















Os negros são mais geniais do que supõe nossa vã filosofia

Tem gente que acredita que os negros só inventaram a cachaça, a feijoada e o samba. Este blog pretende mostrar que o mundo é mais negro do que supõe nossa vã filosofia: negros inventores, cientistas, autores, esportistas, líderes, etc.

 

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